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ATAQUE TALIBÃ MATA PELO MENOS 130
ATAQUE TALIBÃ MATA PELO MENOS 130

PAQUISTÃO - 16/12/2014

Ao menos 130 morreram em ataque

dos talibãs contra escola

Maioria das vítimas são crianças e adolescentes:
num dos atentados mais violentos dos últimos anos

Segundo autoridades locais número de mortos deve passar de 130 pessoas, em sua maioria crianças e adolescentes, morreram em um ataque dos talibãs contra uma escola para filhos de militares em Peshawar, na região noroeste do Paquistão. Muitas crianças foram executadas com tiros na cabeça, segundo o ministro provincial da Informação, Mushtaq Ghani, que também divulgou o balanço de 25 feridos em estado grave. Cinco horas depois do início do ataque, os combates prosseguiam dentro da escola. Este é um dos atentados mais violentos dos últimos anos no país.


De acordo testemunhas, uma forte explosão afetou a escola pública e, em seguida, os talibãs seguiram de sala em sala, abrindo fogo contra os estudantes. 

O ataque reivindicado pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), principal grupo islamita do país, é um dos mais violentos cometidos em vários anos e é muito significativo por apontar os filhos dos integrantes das forças de segurança como alvos.

Um funcionário da escola afirmou à AFP (Agence France-Press) que pelo menos cinco criminosos, com uniformes militares, entraram no local às 10h30 locais (3h30 de Brasília). 

O exército respondeu ao ataque, mas três horas depois do início da ação talibã ainda eram registrados combates dentro da escola. 

As autoridades afirmam que centenas de alunos estavam na escola no momento do ataque, mas não divulgaram um número oficial de alunos retidos, o que provoca o temor de um balanço de mortos ainda maior.

Segundo o secretário de Informação de Peshawar, Mushtaq Ghani, muitas vítimas morreram na explosão. 

Mudassar Abbas, assistente do laboratório da escola, disse que alguns estudantes estavam em uma celebração no início do ataque. 

"Eu vi seis ou sete pessoas que andaram de sala em sala atirando nas crianças", afirmou.

Um estudante que sobreviveu ao ataque afirmou que os soldados entraram na escola para resgatar os alunos durante um momento de pausa entre os tiros. 

"Quando estávamos saindo da sala, vimos vários corpos de nossos amigos nos corredores. Estavam sangrando. Alguns receberam três ou quatro tiros", disse a testemunha.