Criar uma Loja Virtual Grátis
Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese





Partilhe esta Página




Retrospectiva 2012
Retrospectiva 2012

Os fatos mais relevantes do ano de 2012! Feliz 2013!

Crise econômica na Europa

(Foto: Kote Rodrigo/EPA)

A crise econômica que atingiu os países europeus em 2012 surpreendeu o mundo e os analistas. Com situação derivada da crise norte-americana de 2008, o continente viveu um dos seus piores momentos momentos em décadas, chegando a registrar números nunca antes vistos, desde aspectos financeiros com o relatorio da Eurostat mostrando efetiva recessão e a diminuição no investimento em saúde.

Um dos países mais afetados, a Grécia, no primeiro semestre finalizou com a esperança de que o novo governo de coalizão sob a batuta do primeiro-ministro Antonis Samaras resolvesse a crise. O premiê não deixou de sofrer as das outras nações da União Européia para conter os gastos orçamentários e assim receber ajuda.

Na Espanha, o ano também foi difícil. Por conta da crise, cidades espanholas tiveram falta de medicamentos. Por dia, mais de 500 famílias eram despejadas no país. Taxas de desemprego bateram recordes e criavam clima de instabilidade na população.

Assim como na Espanha e Grécia, Portugal também foi um dos países que estiveram na berlinda por conta da crise econômica. O país aprovou orçamento que elevou tributos e atcaou propostas da União Europeia.

Tais medidas de austeridade e cortes sociais causaram inúmeros protestos nas cidades europeias. Num determinado momento, 20 países tiveram simultâneas manifestações contra seus governos em ações marcadas por cerco a congresso e enfrentamento com policiais.

 

Primavera Árabe no Oriente Médio

 

(Foto: Agência Lusa)

Países que protagonizaram a Primavera Árabe no Oriente Médio, com protestos populares e a derrubada de regimes ditatoriais, passaram por novos momentos de tensão política durante 2012.

Nos conflitos entre opositores do presidente sírio Bashar al-Assad e as tropas do governo se intensificaram em 2012 e causaram uma série de críticas ao país. No dia 29/05, segundo observadores da ONU, um massacre de mais de 100 civis  por tropas leais a Assad causou a expulsão de diplomatas sírios de vários países ocidentais. Em 05/06, em reação à ação coordenada pela União Européia e pelos Estados Unidos, anunciou a expulsão de diplomatas e embaixadores de 11 nações ocidentais.

Já o presidente deposto no Egito, Hosni Mubarak, foi sentenciado à prisão perpétua no dia 02/06 como cúmplice pela morte de 850 manifestantes durante a revolução egípia de 2001. No dia 07/06, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban ki-moon, disse que a equipe de monitores que tentava acesso ao localonde teria ocorrido novo massacre na Síria foi atacada.

No dia 08/07, pouco mais de uma semana após assumir a presidência do Egito, o islamita Mohamed Mursi decidiu pela restauração do Parlamento do país. Formado por maioria liderada pela Irmandade Muçulmana, o espaço legislativo do país havia sido dissolvido em junho por decisão da Suprema Corte Constitucional do país.

No dia 20/07, o agravamento da violência na Síria a presidente Dilma fechou a embaixada do Brasil em Damasco e o embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, deixou a capital do país com destino a Beirute, no Líbano, por via terrestre. O conflito na Síria ultrapassa as fronteiras e no dia 23/08, após quatro dias de batalha em Trípoli, no Norte do Líbano.

Em setembro, o embaixador dos Estados Unidos na Líbia, John Christopher Stevens, morre em ataque ao consluado estadunidense.

Rio+20 recebe duras críticas

Após 20 anos da histórica Rio 92 (ou Eco 92), a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 foi marcada pela expectativa. Não por acaso, foi o maior evento da história da ONU.

Para se ter uma ideia, a conferência oficial teve um público quase três vezes maior do que a Rio92. Durante os dez dias do encontro no Riocentro, zona oeste da capital fluminense, cerca de 45,4 mil pessoas foram credenciadas, segundo a porta-voz da conferência, Pragati Pascale.

Além disso, o Rio de Janeiro se tornou o centro de outra dezena de eventos paralelos do qual se destacou a Cúpula dos Povos, que reuniu milhares de pessoas no Aterro do Flamengo para organizar as pautas da sociedade civil e servir de contraponto crítico aos conceitos de economia verde e desenvolvimento sustentável defendidos por governos, entidades empresariais e organismos internacionais. O encontro ainda serviu para organizar uma pauta internacional dos movimentos, apesar da insatisfação dos representantes com o texto final da Rio+20.

A capital fluminense também foi sede de encontros internacionais de indígenas, empresários, prefeitos, especialistas em redes sociais, midialivristas e muitos outros setores da sociedade. A Rio+20 também foi palco de importantes manifestações.

Apesar da abertura para o diálogo entre governo e sociedade, tanto na Cúpula dos Povos (com a Arena Socioambiental), como na conferência oficial (com os diálogos sustentáveis) - em que representantes ONGs, movimentos sociais e integrantes da sociedade civil definiram 30 sugestões ao documento final da conferência -, os resultados finais da Rio+20 foram considerados pelas organizações sociais como frustantes.

O documento final "O Futuro que queremos" prevê a criação de mecanismos para o desenvolvimento sustentável até 2014. A estratégia deve ser elaborada em uma instituição com sede no Brasil. O texto destaca a necessidade de nações desenvolvidas buscarem esforços concretos para atingirem a meta de, até 2015, passarem a destinar 0,7% de seus produtos internos brutos (PIBs) para Assistência Oficial de Desenvolvimento (ODA) para países em desenvolvimento. Para o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, o documento foi o da Rio+20 foi um início do processo de mudanças.

Câmara aprova 10% do PIB para a Educação

(Foto: Fábio R. Pozzebom/Ag. Brasil)

A pergunta que ficou no ar foi: Quanto custa uma educação de qualidade? O debate sobre o financiamento do sistema de ensino brasileiro foi um dos  temas dominantes em 2012. Desde o fim do governo do ex-presidente Lula tramitava na Câmara o projeto de lei que cria o novo Plano Nacional de Educação. Entre as suas 20 metas está previsto o aumento dos recursos públicos investidos na área. Após muitas indas e vindas, o texto aprovado na Câmara prevê que, no prazo de dez anos, o Brasil chegue ao patamar de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB)  na área – hoje o país investe apenas 5,3% do PIB

O projeto inicial apresentado pelo governo continha uma meta de 7% do PIB para a educação. A negociação foi dura, mas mesmo com a pressão dos parlamentares da comissão especial que analisou o PNE, o maior patamar acordado foi de 8% - a reclamação do governo é que a meta de 10% era muito ambiciosa e que o plano não tratava qual seria a fonte de novos recursos. No dia da votação do relatório, graças à pressão das entidades da área que lotaram o plenário da comissão, os deputados aprovaram unanimimente a meta de 10% do PIB para a Educação - inclusive os parlamentares da base, contrariando as orientações do executivo.

Depois da votação na comissão, a liderança do governo tentou reverter a decisão apresentando um recurso para levar o PNE à Plenário, mas a manobra não avançou. A proposta seguiu para o Senado,  mas por causa das eleições municipais o debate avançou pouco. A expectativa é que o assunto ganhe corpo em 2013 e agora com um novo elemento: os royalties do petróleo para a educação.

Para bancar os 10% do PIB, a solução do governo foi tentar garantir, por lei, que todos os recursos dos royalties do petróleo fossem verba “carimbada” para a educação, a ser investida por estados, municípios e União. O dispositivo não foi aprovado pelo Congresso em uma primeira votação as entidades novamente fizeram barulho para garantir mais verdas para a área do ensino. A presidente Dilma Rousseff editou uma MP (medida provisória) que prevê a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação. O projeto ainda aguarda para ser votado no Congresso.

Novo Código Florestal causa polêmicas

 

(Foto: Fora do Eixo)

A reforma que altera o Código Florestal pasou por longo período de debates até chegar a sua aprovação na Câmara dos Deputados.

Inicialmente o texto previa, por exemplo, alteração nas áreas de recuo de mata ciliar, modificações acerca das Áreas de Preservação Permanente e, a que mais gerou manifestações de ambientalistas, anistia a quem desmatou no período anterior ao de elaboração do código.

Com as opiniões foram divergentes: de um lado, os ambientalistas afirmavam que a proposta atenderia ao lobby da bancada ruralista. Esta, entretanto, argumentava que o país precisaria expandir a área agrícola para atender o crescimento da população e melhorar a distribuição alimentícia.

Durante o período de discussões e emendas, o tema foi alvo de diversas manisfestações sociais, que pedia o veto presidencial ao projeto. A presidente Dilma Rousseff acatou parcialmente o apelo e aprovou o projeto do novo Código Florestal com 9 artigos polêmicos vetados.

Por: Adilson Souza Gonçalves