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DIVA DO DOUTOR CAFFAGNI
DIVA DO DOUTOR CAFFAGNI

Dostoievski: Uma estrutura estético-psicológica

 

(Aspectos decadentes da sociedade/perspectivas da Sociologia da Arte)

 

 

 

Dentro da respeitável literatura Russa encontramos em Dostoievski a expressão máxima de uma visão universal, na procura direta do equilíbrio humano (especificado nas formas de agir e pensar relacionadas às possibilidades reais de ação). Descendo às mais profundas escaladas do interior humano, procurando na verticalidade das coisas e nos abismos dos problemas existenciais, a conquista de um equilíbrio artístico, de um momento estético Forma-Conteúdo, Dostoievski dividiu a sua monumental realização literária em duas tipologias estruturais que nos fornecem duas situações de abordagens críticas, ou sejam:

a)     Do HOMEM-ESTÉTICO: em um relacionamento com símbolos filosoficamente plásticos, graduação integral da universidade da existência em todos os sentidos;

b)    Do HOMEM-PSICOLÓGICO: como que a projeção de um novo elemento técnico-literário, que visa o preenchimento de uma amplitude e que possa coincidir com a total cosmovisão di universo.

A visão exterior, a observação do histórico e do cotidiano, condiciona e proporciona determinados elementos artísticos que, sem uma fuga total da realidade, conseguem retratar em alguns autores, de maneira homogênea o seu meio, o seu sustentáculo matério-espiritual. E o “conduzir” de contornos universais, que, partindo de um certo lugar-espaço e momento temporal, ultrapassam as proximidades humanas e atingem, como no citado autor russo, uma quebra paradoxal dos meios. Toda a obra de Feodor Mikhailovitch Dostoievski pode ser colocada como conteúdo de visão universal, onde as amplitudes máximas de seus esquemas trazem implícita uma forma existencial de abordagem psicológica, ainda mais estruturalmente psicanalítica.

A complexidade formal e a autenticidade de seus dramas e de suas problemáticas conflitivas, isto é, tudo aquilo que caracterizou seus escritos como elementos psico-filosóficos da criação ficcional, está apoiado no mundo incógnito da mente. Aliás, a mente é o refúgio das manifestações Dostoievskianas, quase todas elas inspiradas em conflitos da alma humana, em decrépitos estados de sofrimentos – todos eles diretamente ligados às imposições ambientais do contexto social.

O Homem, em Dostoievski, pode passar por uma incrível rapidez de análise crítica, porque nunca tentamos colocá-lo na verdadeira medida de suas dimensões. O cuidado de contato com todo o seu trabalho estético-literário pode parecer, à primeira etapa de análise, como um universo separado, distinto do nosso, o que realmente não ocorre. Não divisamos à primeira observação toda a profundidade de suas personagens, porque, intimamente, rejeitamos a fria verdade das tipicidades que caracterizam as figuras humanas. Não compreendemos até a um certo ponto o jogo aberto das proposições Dostoievskianas, dado que nelas estão implícitos muitos de nossos desencontros matério-espirituais (o que podemos afirmar de antemão, que não são poucos e nem simples).

 

© por Reinidolch Caffagni